sexta-feira, 17 de novembro de 2006

67 – Confiável.

No final do dia parti a toda ao local de costume para me encontrar com minha amiga e seu cunhado. Ficamos um bom tempo esperando-o e nada, como Elizabeth não tinha muita paciência ela tentava ligar toda hora para Federico em vão. Logo ela desistiu.

– Vamos-nos sem ele Fabriciu.

– Melhor, já está ficando tarde e a essas horas eu acho que não vai ser muito fácil encontrar o padre. Dá para irmos a pé é aqui perto.

– Tem certeza? Onde é?

– É ali na minha rua descendo e logo depois que cruzarmos a linha de trem.

Coitada, ela não gostava de andar a pé mesmo. Foi batata, o padre não estava mais lá, para não perder a viagem levei-a para conhecer meus amigos bolivianos. Realmente nossa amizade nunca iria dar certo se tivéssemos nos conhecido sob outras circunstâncias, quando nós entramos eu a apresentei a Maria e Jorge que estavam lá na sala. Que cara de pouco caso que ela fez, fechada, com aquele óculos escuro, parecia uma dessas artistas esnobe. Enfim, era o jeito dela. Percebi que Maria olhava para Jorge com uma cara de quem diz – Aí tem. – Elizabeth ficou pouco ali, não conversava nada, parecia que estava contrariada. Foi questão de minutos até ela se levantar para se despedir. Saímos, fui acompanhá-la até o portão de entrada.

– Tudo bem Elizabeth?

– Sim, tudo em ordem... Você vai ficar aqui?

– É amanhã eu tenho que ir para meu curso, chega por hoje. A gente vai lá na escola amanhã né? Desta vez eu te encontro lá tá?

– Tudo bem... Até amanhã, pois.

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